O candidato a vereador professor Rogério Vidigal e o candidato a deputado estadual professor Orlando Vaz Filho prometeram à comunidade do Bairro Rio Branco e adjacências a construção de uma escola modelo.
A Sudecap elaborou o projeto arquitetônico, com a supervisão do professor Guilherme de Azevedo Lage, então diretor do Colégio Municipal de Belo Horizonte e do Colégio Marconi.
A princípio a escola seria um anexo do Colégio Municipal, com administração direta do professor Guilherme Lage e de toda a sua equipe. Fazia parte dessa equipe a professora Márcia Pacheco indicada para idealizar a escola.
A preocupação era a construção de uma escola que fugisse dos padrões arquitetônicos da época, trazendo um novo conceito de escola: espaçosa, arejada, arborizada, com salas enormes, auditório, refeitório, biblioteca, laboratórios, quadras, piscina, ginásio coberto, oficinas profissionalizantes, gabinete médico e dentário, salas de educação artística, instalações para os funcionários, oficinas de manutenção, área verde para recreação infantil, estacionamento para professores, funcionários e visitantes. Uma escola de sonho, que atendesse a alunos da pré-escola até o segundo grau.
Como não poderia deixar de ser, algumas decisões políticas alteraram o projeto inicial...
Surgiram os primeiros alunos encaminhados . Onde colocá-los, se a escola ainda estava sendo construída? A comunidade pressionou e tudo começou em março de 1979 , com uma aula inaugural dada pela professora Márcia Pacheco, no estacionamento de terra. Com a intenção de homenagear um ex-diretor presidente do Jornal Estado de Minas o nome escolhido foi Escola Municipal Geraldo Teixeira da Costa, dado pelo professor Orlando Vaz Filho. Mais tarde passou a ser chamado carinhosamente de "GETECO".
E como todo começo, as condições iniciais eram bem precárias. Maio de 1979. Numa sala improvisada de tijolos, sem luz, sem água, só com carteiras e quadro negro, os professores foram chegando e se acomodando. Chegaram as primeiras carteiras. Os diários de classe eram emprestados do Colégio Municipal. Os outros pertences eram um relógio de parede, uma frigideira grande e um pequeno fogão a gás. A limpeza era feita com a ajuda dos alunos e seus pais, a água era fornecida por uma mãe de aluno através de uma mangueira.
O primeiro mimeógrafo, o telefone, os laboratórios, o material para as aulas de Educação Física, a banda de música, as ferramentas para as aulas de Práticas Agrícolas e Industriais, as máquinas de escrever, os livros da Biblioteca, a máquina de passar filmes(16 milímetros), as bandeiras, as medalhas e tudo o mais foi sendo adquirido com a contribuição dada pelos pais para a caixa escolar.
E a escola foi crescendo. O trabalho era organizado através de coordenações de áreas, do serviço de Supervisão pedagógica, do serviço de orientação Educacional, das coordenações de turno e da direção. Os projetos foram surgindo e os alunos se envolvendo incondicionalmente.
O professor José Luiz, de Matemática, é um dos professores que está na escola desde sua fundação. Segundo ele "era uma escola diferenciada pela sua estrutura física, pela cobrança, pelo nível dos alunos e professores, pela diretoria rígida e competente. O interesse pela escola era tanto que os pais não aceitavam que seus filhos ficassem fora dela e chegavam a entrar na Justiça para conseguir uma vaga. A escola chegou a ser fechada por um tempo para que a situação fosse investigada."
E a escola continuou crescendo, novos projetos surgiram, mudanças pedagógicas aconteceram, o que tornou a escola preferida pelas famílias da redondeza e até de longe. O Ensino Médio foi implantado. Continuava a disputa por vagas.
Vários eventos aconteceram, "com a quadra poliesportiva repleta de alunos e convidados, com atividades diversificadas, sejam comemorações de datas nacionais ou mesmo festas juninas. E as feiras educativas então, quanta saudade!"- relembra a professora Vera.
E aqui chegamos. São trinta anos de história. E uma história bonita!
"Várias e várias gerações, que aqui passaram, viveram experiências indescritíveis, deixaram marcas indeléveis e uma saudade imensa. O amor é contagiante e, ao longo deste tempo, basta transpor a porta de entrada que me revisto de paixão por esta escola, pelos meus queridos alunos, por meus incansáveis colegas professores e funcionários e pelo desafiador trabalho aqui realizado."diz a professora Alaíde.
Parabéns, Geteco! Valeu a pena!